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Alunos 12/07/2016
Formação cristã – 1º Semestre

Formação cristã – 1º Semestre

A realidade em que vivemos é “normal”? Atividades sociais voluntárias do Loyola revelam perspectiva integral de formação
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O início do mês de julho marcou o encerramento das atividades voluntárias do 1º semestre, que integram a dimensão social da Formação Cristã no Colégio Loyola. O Estágio Social, em que os alunos visitam instituições parceiras, e a Ronda Noturna, direcionada a pessoas em situação de rua na capital, reúnem alunos do 7º Ano EF à 3ª Série EM. Eles se inscrevem, espontaneamente, no início de cada semestre.

Alice Rodrigues e Sofia Barbi, do 9º Ano, são voluntárias há vários anos. Em 2016, participam das visitas ao Hospital Luxemburgo, quando partilham um lanche (preparado pelos próprios alunos) e um momento de conversa com os pacientes de quimioterapia. A motivação inclui, é claro, a vontade de ajudar, mas também o desejo de conhecer o trabalho das instituições e outras realidades sociais. “É tão pouquinho isso que a gente faz, preparar um lanche, conversar com aquela pessoa que está sozinha. Mas mesmo esse pouquinho, feito com carinho, faz diferença, traz alegria”, diz Sofia. Alice destaca que muitas pessoas perguntam se elas ganham avaliações melhores na escola pela participação. “Nós explicamos que não, que somos voluntárias porque queremos. Quando chegamos lá, conhecemos histórias que nos tiram desse mundinho restrito em que vivemos”, resume a aluna.

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Mariana Góes e Luiza Costa, também do 9º Ano, participaram do evento de encerramento, realizado no dia 5 de julho, e identificaram-se com os depoimentos das instituições parceiras presentes. “Na verdade, é difícil saber quem aprende mais. Para mim, é uma reflexão sobre o valor das coisas, sobre o que cada um tem para oferecer”, define Marina. “A formação humana é muito importante para todos nós. Com certeza vamos continuar ajudando da melhor forma possível, mesmo depois de sair do Colégio. Quero passar aos meus filhos esses princípios”, completa Luiza.

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Fabiano Carneiro, coordenador da Formação Social, explica que o principal fruto das atividades voluntárias é a sensibilização social. “Essa é uma habilidade que, para ser desenvolvida, precisa ser estimulada. É preciso entender que ali há um encontro de duas pessoas, e que nossas atitudes devem ir além daquele momento isolado”, resume o coordenador. Os sinais transmitidos pelos alunos indicam que esses frutos estão amadurecendo. Fernanda Utsch, aluna da 2ª Série do Ensino Médio, utilizou o grupo do Facebook formado pelos professores e colegas para tornar público seu sentimento em relação à Ronda Noturna. Veja um trecho:

“Mas o que eu percebi, depois desses meses de ronda noturna, é que essa REALIDADE não é NORMAL. Passar fome NÃO é NORMAL. Não ter um cobertor para se proteger do frio NÃO é NORMAL. Ser tratado como eles são NÃO é NORMAL. Pelo menos não era para ser. (…) E eu me lembro perfeitamente de um morador que veio me explicar o que estava acontecendo e terminou dizendo o seguinte: ‘A gente não pode fazer nada, mas vocês podem. ’ E essas palavras ficaram na minha cabeça, e toda semana eu lembrava. Eu posso fazer uma pequena coisa. Porque se cada um fizer uma pequena coisa, juntos, nós faremos algo enorme. E é por isso que eu resolvi escrever esse texto. Não sejamos indiferentes. NÃO VAMOS DEIXAR QUE ESSA REALIDADE CONTINUE A SER NORMAL! PORQUE NÃO É.”

As atividades voluntárias serão retomadas em setembro. Atualmente, as instituições parceiras do Colégio são: Creche N. Sra. da Paz, da Paróquia Santíssima Trindade (Santa Luzia); APAE Belo Horizonte; Fundação Fé e Alegria (Santa Luzia); Instituto Mário Penna (Hospital Mário Penna e Hospital Luxemburgo) e o Lar de Idosos Santa Terezinha/Santa Tereza (Bairro de Santa Tereza), além da colaboração com a Pastoral de Rua da Arquidiocese de BH.

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