iLO e #TEC
“Essa visão empreendedora vai me ajudar no futuro”. Confira esta matéria especial!
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Recomeçar um projeto quase pronto praticamente do “zero”. Segundo Victor Reis, esse foi o maior desafio que ele e seu grupo de colegas da 2ª Série do Ensino Médio enfrentaram em sua passagem pelo iLO (Núcleo de Inovação e Empreendedorismo do Colégio Loyola). “Fomos a uma palestra na BHTec e conversamos com pessoas do MIT (Massachusetts Institute of Technology) que desconstruíram toda nossa ideia. Tivemos de aprender a lidar com isso”, relata.
Além de todas as questões relacionadas à tecnologia e à produção de relatórios, o mais difícil ao integrar o #Tec (Comitê Gestor Discente de Tecnologia), segundo Larissa Dolabella, também da 2ª Série EM, foi aprender a administrar o tempo e o trabalho em equipe. Ela e o grupo visitaram a Totvs para conhecer a realidade de uma empresa diretamente relacionada ao desenvolvimento de sistemas.
Victor achou bacana aprender a estar sempre identificando oportunidades e enxergando que, em cada problema, se treinarmos o nosso olhar, a gente consegue achar uma solução. Na opinião dele, “essa visão de que eu mesmo consigo mudar o mundo, isso é o mais importante”.
Larissa acredita que “quando a gente se disciplina para fazer o modo de proceder do #Tec, garante o progresso das outras dimensões da vida acadêmica”. Ela descobriu que quer cursar algo ligado à Ciência da Computação quando for para a Faculdade.
Victor ainda não sabe o que vai fazer ao terminar o Ensino Médio, mas o iLO lhe deu certeza de que “as coisas são mais alcançáveis do que a gente pensa”. “Essa visão empreendedora, mais desenvolvida, na minha idade, com certeza vai me ajudar no meu futuro, vai tornar o meu ponto de vista mais realista, mais ambicioso”, afirma.
Por caminhos diferentes, os dois alunos encontraram algo em comum nos programas extracurriculares oferecidos pelo Colégio Loyola: espaço para experimentar a inovação e correr riscos, estimular a criatividade, descobrir seus próprios talentos e desenvolver seus valores, tudo isso de forma colaborativa.
Os dois projetos são uma resposta do Colégio Loyola ao desafio que é a educação de crianças e adolescentes nos dias de hoje: novas tecnologias e linguagens, excesso de informação e falta de conexões, superficialidade e relativização de valores, colapso ambiental e problemas sociais.
O iLO é um projeto desenvolvido em parceria com a Fundação Dom Cabral, a partir de 2015. Funciona como uma incubadora de ideias, em espaço próprio, com recursos multimídia, completamente gerido pelos estudantes. Alunos do 6º Ano EF à 3ª Série EM são acompanhados por mentores, interagem com especialistas do mercado e têm um plano de trabalho que inclui palestras e pesquisa de campo.
O #Tec funciona como um comitê, desde o segundo semestre de 2014. Um grupo de alunos do 9º Ano EF à 3ª Série EM, nomeado pelo Conselho Diretor, pensa e discute questões relacionadas ao uso da tecnologia na escola. Sugerindo e avaliando o potencial de novas ferramentas, eles apoiam a direção na tomada de decisões sobre a incorporação de recursos tecnológicos dentro e fora da sala de aula.
Como ideias inéditas, os dois projetos abrem novas perspectivas para a formação dos jovens. Ambas iniciativas deslocam a escola para um lugar de concretização de práticas de cidadania; criam novas possibilidades de rede como espaços interativos de produção do saber e trazem o aluno para o centro do processo de ensino-aprendizagem, tornando-o protagonista no próprio conhecimento.
Em 2015, mais de 40 ideias foram inscritas no iLO, das quais 10 foram incubadas durante o ano e tiveram seus projetos apresentados na Feira do Conhecimento. No #Tec, os alunos avaliaram duas ferramentas utilizadas pela escola, o Moodle e o AppProva, e irão apresentar seu parecer ao Conselho Diretor no fim do ano sobre o que pode ser melhorado, o que deve permanecer e possíveis inovações.
Nova maratona para captação e seleção de ideias para serem incubadas no iLO começa em março de 2016. Nova equipe será formada para compor o #Tec e as inscrições de novos membros serão abertas a partir de fevereiro.
